Hotel Rwanda é um filme baseado em factos verídicos ocorridos em 1994 no Rwanda. Cerca de 1 milhão de pessoas foram brutalmente assassinadas com catanas, tendo como base um conflito étnico entre os hutus (maioria da população, cerca de 90%) e a minoria tutsi. O ódio entre as duas etnias foi em grande parte incentivado pelos antigos colonos alemães e belgas que colocaram no poder os tutsis após a independência do país.
O genocídio foi friamente preparado não só com a indiferença do mundo ocidental, mas com a sua conivência "apurou-se que o genocídio foi financiado, pelo menos parcialmente, com o dinheiro apropriado de programas de ajuda internacionais, tais como o financiamento fornecido pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional sob um Programa de Ajuste Estrutural."
A ONU presente no território sabia o que se ia suceder, mas nada fez para evitar, nem para ajudar...
O mundo ocidental continua a olhar para África com indiferença, como se existissem seres humanos de segunda categoria, a colocar "na mão do ódio" armas e chamas que inflamam os conflitos... se puderem vejam este filme, pensem e analisem como nós europeus somos também responsáveis por atrocidades que se fossem no nosso continente eram inadmissíveis e vergonhosos, mas quando acontecem lá longe são facilmente esquecidos...
A Africa é ( dizes bem ) um mundo de " seres de segunda categoria". É esta a percepção, não só do mundo ocidental... mas de quase todas as pessoas que o habitam. São séculos de escravatura psicológica que ainda hoje subsistem, complementados pelas guerras tribais de sociedades analfabetas e pobres... principalmente pobres, miseráveis.
ResponderEliminarFazemos com Africa o contrário do que dizia Confúcio " Se um homem tiver fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar".
Para Africa... atiramos um peixe, ou meio peixe. E como em terra de cegos quem tem um olho é rei, de vez em quando surge um déspota, um tirano, um pseudo libertador, surgem os massacres, a fome, as epidemias, surge tudo.
pacientemente, o mundo ocidental espera que o pó assente e depois... atira mais um peixe.
Ou meio peixe.
Uma boa semana de trabalho para ti. ( perdoa o comentário quilométrico em jeito de desabafo )
Gostei do seu comentário concordo completamente consigo, mas acho que as vezes nem chega a ser "meio peixe", até na assistência médica muitas vezes são administrados placebos a pessoas doentes (muitas vezes com doenças que nos EUA ou Europa seriam crónicas ou curáveis) e que acabam por ter mortes horríveis. E muitas pessoas são incluídas em ensaios médicos e de fármacos experimentais sem que lhe seja apresentada outra opção e sem saber muito bem naquilo que se estão a meter... se fosse no dito "mundo desenvolvido" vinham logo falar de direitos humanos, agora quando se tratam de países pobres e miseráveis começam com discursos que não são mais do que falsos pretextos humanitários que lhes permitem poupar milhares de euros em cobaias e aumentar exponencialmente os lucros das indústrias farmacêuticas...
ResponderEliminarE o irónico e incrível de tudo isto é que ainda chamam a este mundo: "o mundo civilizado!"