Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei
Ornatos Violeta
segunda-feira, 27 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Ser diferente
"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos."
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'
Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Uma grande mulher
Há alguns dias atrás, por uma revista tive conhecimento de uma rapariga de 24 anos, com paralisia cerebral, com 97% de incapacidade física e que apenas controla os movimentos do pescoço...
O que é mais fantástico além de esta rapariga pintar telas, ter acabado a licenciatura e estar a fazer mestrado, é sem dúvida o seu sorriso e a sua força de vontade.
Um exemplo de coragem de alguém que não conheço mas que passei a admirar...
Hoje saiu uma boa notícia para as crianças com o mesmo problema, uma operação poderá aumentar a sua autonomia... esperemos que continuem a sair notícias como esta e que a vida de pessoas tão lutadoras como a Rita possam melhorar...
O que é mais fantástico além de esta rapariga pintar telas, ter acabado a licenciatura e estar a fazer mestrado, é sem dúvida o seu sorriso e a sua força de vontade.
Um exemplo de coragem de alguém que não conheço mas que passei a admirar...
Hoje saiu uma boa notícia para as crianças com o mesmo problema, uma operação poderá aumentar a sua autonomia... esperemos que continuem a sair notícias como esta e que a vida de pessoas tão lutadoras como a Rita possam melhorar...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Felicidade
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
Mário Quintana
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
Mário Quintana
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
A little boy...
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Desejos Vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz imensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até a morte!
Mas o Mar também chora de tristeza ...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras ... essas ... pisa-as toda a gente! ...
Florbela Espanca
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz imensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até a morte!
Mas o Mar também chora de tristeza ...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras ... essas ... pisa-as toda a gente! ...
Florbela Espanca
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