terça-feira, 30 de março de 2010

Bucolic landscape...



































Arroteia do Sobral, Miranda do Corvo - Março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

With arms wide open...



































O voo de uma gaivota argêntea (Larus Michahellis) no Parque das Nações (Lisboa) - Março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Primavera

Finalmente chegou a Primavera!
Os dias mais longos, o céu mais azul, o sol mais brilhante... o aroma a flores começa a espalhar-se, os pássaros começam a fazer os ninhos, embalados pelo leve vento que abana as árvores... a natureza enche-se de cores, a vida renasce e assim se inicia um novo ciclo de vida!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Bird Watch

The Cranberries

Na passada quarta-feira à noite fui uma das pessoas privilegiadas que ouviram os "The Cranberries" ao vivo no Campo Pequeno.

Posso dizer que foi um momento único e emocionante para mim, porque em muitos momentos da minha vida, a voz da Dolores O'Riordan fez parte da minha banda sonora pessoal... e pude reviver naquele concerto muitas vivências que me marcaram, pessoas que passaram na minha vida, sentimentos que aquelas músicas me fazem relembrar...

Lembro-me muito bem de andar na escola e ter aí uns 10, 11 anos e levar um walkman pesadíssimo (comparando com a leveza de um ipod) com uma cassete com algumas das grandes músicas deles: "Zombie", "Animal Instint", "Linger"... e de passar longos tempos a ouvi-las nos intervalos.

Foi um dos concertos que eu sempre quis ver... mas infelizmente a banda separou-se durante algum tempo, a Dolores foi mãe e quis lançar-se a solo, não teve grande sucesso, (embora na minha opinião as músicas sejam igualmente muito boas)...

... por isso fiquei muito contente não só porque estão de novo juntos e porque estão a preparar um novo cd mas também porque depois de tamanha recepção calorosa neste concerto prometeram voltar... e tenho a certeza que gostaram do público português.

Por isso quem me viu naquele concerto deve ter por certo reparado no meu largo sorriso e no brilho intenso dos meus olhos... e ainda agora passados tantos dias... continuo a voltar para lá, a viver aqueles momentos de puro êxtase...

Eu sou uma daquelas pessoas que não consegue viver sem música, hábito que já cultivo há muito tempo e esta banda sem dúvida faz parte e sempre fará da "banda sonora da minha vida"...

Eu sei... parece ridículo eu ficar tão feliz por algo assim que talvez para a maioria dos mortais não é nada de especial, mas realmente eu fico feliz com as pequenas coisas que a vida me vai dando e este momento ficará para sempre guardado como algo de muito especial.

p.s. E já agora obrigada pela companhia, sem dúvida não teria sido a mesma coisa sem vocês :-)

A foto pertence ao site Blitz, quem quiser ler mais sobre o concerto, pode clicar aqui...

domingo, 7 de março de 2010

Ser Injusto é Necessário

"Todos os juízos acerca do valor da vida se desenvolveram ilogicamente e são, por isso, injustos. A impureza do juízo encontra-se, em primeiro lugar, na maneira como o material se apresenta, isto é, muito incompleto; em segundo lugar, na maneira como é efectuada a respectiva soma; e, em terceiro lugar, no facto de cada um dos fragmentos do material ser, por seu lado, resultado de um conhecimento impuro e isto, na verdade, de forma absolutamente necessária. Nenhum conhecimento obtido pela experiência acerca, por exemplo, de uma pessoa, por muito perto que esta esteja de nós, pode ser completo, de modo que nós tenhamos um direito lógico a uma avaliação global da mesma. Todas as estimativas são precipitadas e têm de o ser. No fim de contas, a medida, com a qual nós medimos, ou seja, o nosso ser, não é uma grandeza invariável; nós temos estados de espírito e oscilações, e, não obstante, deveríamos conhecer-nos a nós próprios como uma medida fixa para podermos avaliar justamente a relação de qualquer coisa connosco. Talvez se conclua de tudo isto que não se deveria julgar de todo em todo; mas se se pudesse sequer viver sem avaliar, sem ter antipatia nem simpatia!... Pois toda a aversão está ligada a uma estimativa, tal qual como toda a inclinação. Uma tendência no sentido de qualquer coisa, ou para longe de qualquer coisa, sem um sentimento de que se quer o proveitoso e se evita o prejudicial, uma tendência sem uma espécie de estimativa diferenciadora quanto ao valor do objectivo não existe no ser humano. Nós somos de antemão seres ilógicos e, por isso, injustos, e podemos reconhecê-lo: esta é uma das maiores e mais insolúveis desarmonias da existência".

Friedrich Nietzsche, in "Humano, Demasiado Humano"

A Esterilidade do Ódio

"O ódio é um sentimento negativo que nada cria e tudo esteriliza: - e, quem a ele se abandona, bem depressa vê consumidas na inércia as forças e as faculdades que a Natureza lhe dera para a acção. O ódio, quando impotente, não tendo outro objecto directo e nem outra esperança senão o seu próprio desenvolvimento - é uma forma da ociosidade. É uma ociosidade sinistra, lívida, que se encolhe a um canto, na treva. (...) Mas que esse sentimento seja secundário na vasta obra que temos diante de nós, agora que acordamos - e não essencial, ou supremo e tão absorvente que só ele ocupe a nossa vida, e se substitua à própria obra."

Eça de Queirós, in "Distrito de Évora"

O prazer é silencioso...

"Ao contrário da ideia assente
A palavra não é criadora de um mundo;
O homem fala como o cão ladra
Para exprimir raiva, ou medo.

O prazer é silencioso,
Tal como o é o estado de felicidade."

Michel Houellebecq

Amar!

"Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar..."

Florbela Espanca

Egoísmo

"Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos"  

Oscar Wilde